Tarifa dos EUA Ameaça Setor de Rochas Ornamentais – O prefeito Ferraço se manifestou com forte indignação

O município de Cachoeiro de Itapemirim, referência nacional no setor de rochas ornamentais, enfrenta uma ameaça que pode comprometer seu principal motor econômico.
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Fabiano Facini

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O município de Cachoeiro de Itapemirim, referência nacional no setor de rochas ornamentais, enfrenta uma ameaça que pode comprometer seu principal motor econômico. A possível imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras de rochas causou apreensão imediata na gestão municipal, empresários e trabalhadores da região. A medida, ainda em análise pelo governo norte-americano, pode desencadear efeitos devastadores para a economia local e para o Espírito Santo como um todo.

 Com quase 600 empresas ligadas ao segmento, o polo de rochas ornamentais de Cachoeiro é responsável por cerca de 6,5 mil empregos diretos e movimenta mais de R$ 6 bilhões por ano no estado. Em 2024, as exportações da região somaram expressivos US$ 848,5 milhões, sendo os EUA o destino de mais da metade dessa produção — 56,3%, para ser exato. A tarifa sugerida colocaria em risco a competitividade do produto brasileiro, que tem no mercado norte-americano seu principal cliente.

O prefeito Theodorico Ferraço se manifestou com forte indignação:

“Estamos diante de uma ameaça que pode desestruturar a base econômica da nossa cidade. Cachoeiro vive e respira as rochas ornamentais. A imposição dessa taxa seria um golpe direto no sustento de milhares de famílias. Precisamos de ação rápida por parte do governo federal para impedir esse desastre.”

O vice-prefeito Júnior Corrêa também reforçou a gravidade da situação e revelou que a Prefeitura já iniciou articulações com entidades do setor e representantes políticos:

“Não é só uma preocupação municipal, é um clamor coletivo. Precisamos unir forças – governo, setor produtivo, classe política – para mostrar ao mundo o peso econômico e social do nosso polo industrial. Essa tarifa é inadmissível.”

Jean Cypriano, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, salientou que, além da pressão diplomática, é urgente pensar em estratégias de diversificação de mercados e apoio à inovação:

“Estamos orientando empresas a se prepararem para novos cenários, investindo em mercados alternativos e fortalecendo a competitividade do nosso setor. Mas o ideal é evitar que essa tarifa se concretize.”

A Prefeitura de Cachoeiro intensificou os contatos com parlamentares, o Itamaraty e associações representativas, como o Centrorochas e a ABIROCHAS. O objetivo é reforçar a interlocução com o governo brasileiro e pressionar por medidas que evitem a taxação e preservem o mercado já consolidado com os Estados Unidos.

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