O governo dos Estados Unidos ameaçou adotar medidas contra estrangeiros que elogiem ou minimizem o assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador morto a tiros em Utah na quarta-feira (10). O alerta foi feito nesta quinta (11) pelo vice-secretário de Estado, Christopher Landau, que classificou como “inaceitável” a glorificação da violência.
Em publicação na rede social X, Landau afirmou:
“À luz do terrível assassinato de ontem de uma figura política importante, quero enfatizar que os estrangeiros que glorificam a violência e o ódio não são visitantes bem-vindos em nosso país”.
O vice-secretário acrescentou ter orientado os funcionários consulares a “tomar as medidas cabíveis” contra quem promover ou justificar o crime. Embora não tenha detalhado quais ações poderiam ser aplicadas, a declaração gerou forte repercussão online, com usuários enviando capturas de tela de perfis que supostamente estariam comemorando a morte de Kirk.
Um porta-voz do Departamento de Estado reforçou que os EUA não devem conceder vistos a pessoas cuja presença contrarie os interesses de segurança nacional, mas não respondeu se vistos já foram revogados ou se há investigações em andamento.
Charlie Kirk, de 31 anos, era autor, apresentador de podcast e fundador da organização conservadora Turning Point USA. Ele era considerado um aliado próximo do ex-presidente Donald Trump e foi assassinado com um tiro enquanto palestrava em uma universidade em Utah. Trump classificou o caso como “hediondo” e anunciou que concederá a Kirk, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade.
O episódio acontece em meio a uma política mais rigorosa da Casa Branca sobre imigração, que inclui monitoramento de redes sociais, revogação de vistos e endurecimento da permanência de estudantes estrangeiros no país.