A Defesa Civil de Marataízes intensificou o monitoramento das falésias de Marataízes após dois episódios recentes de deslizamento. O órgão alerta para o risco de novos rompimentos, com possibilidade de queda de grandes blocos de rocha.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Jones Toledo, já foram identificados novos pontos de instabilidade ao longo da orla. Ele explica que o deslocamento das rochas é visível e que a ação do vento nordeste, com rajadas próximas de 40 km/h, acelera o processo de fissuração e desagregação do material.
“Ainda bem que não está chovendo, senão o risco seria ainda maior”, destacou Toledo.
O coordenador também chamou atenção para o perigo de aproximação durante períodos de maré baixa. Segundo ele, a variação das marés pode gerar uma falsa sensação de segurança, já que o recuo do mar expõe a base das falésias.
“Mesmo quando o mar recua, o risco permanece. A orientação é clara: ninguém deve se aproximar da base das falésias nem permanecer abaixo delas para fazer fotos”, reforçou.
Toledo alerta que o deslocamento de placas pode ocorrer de forma súbita, com alto risco de soterramento. Um dos pontos mais críticos é o local onde o último deslizamento formou uma cavidade, atraindo curiosos e turistas.
“As pessoas tentam entrar nos locais onde já houve colapso para tirar fotos, simulando que estão segurando a estrutura. Reforçamos que essa área está comprometida e o perigo é elevado”, afirmou.
A Defesa Civil de Marataízes pede que a população respeite as faixas de bloqueio, evite se aproximar das áreas sinalizadas e siga todas as orientações de segurança. O descumprimento das medidas pode resultar em acidentes graves e comprometer operações de resgate em caso de colapso.
O órgão continuará o acompanhamento diário das falésias de Marataízes e pode interditar novas áreas preventivamente caso o avanço das fissuras aumente.