
A ativista climática sueca Greta Thunberg foi deportada de Israel na manhã desta segunda-feira (6), após permanecer vários dias detida por participar de uma flotilha internacional que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A informação foi confirmada oficialmente pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel.
De acordo com a pasta, 171 participantes da missão humanitária foram deportados nesta segunda-feira. A operação visava entregar alimentos, medicamentos e suprimentos básicos ao território palestino, fortemente atingido pelos recentes conflitos entre Israel e o Hamas.
A deportação de Greta Thunberg de Israel foi divulgada em uma publicação oficial na rede social X (antigo Twitter), acompanhada de uma fotografia da ativista vestindo uma camiseta branca e calça de moletom cinza, caminhando ao lado de outros ativistas no aeroporto israelense.
171 additional provocateurs from the Hamas–Sumud flotilla, including Greta Thunberg, were deported today from Israel to Greece and Slovakia.
The deportees are citizens of Greece, Italy, France, Ireland, Sweden, Poland, Germany, Bulgaria, Lithuania, Austria, Luxembourg, Finland,… pic.twitter.com/DqcGLOJov7
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) October 6, 2025
Entre os ativistas deportados estavam cidadãos de diversos países europeus e norte-americanos, incluindo Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos, informou o ministério israelense.
A flotilha humanitária foi organizada por grupos internacionais que tentavam romper o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza. O governo israelense justificou a interceptação e deportação afirmando que a ação poderia representar risco à segurança nacional, ao tentar contornar medidas que visam impedir o envio de materiais ao grupo Hamas.
Conhecida mundialmente por seu ativismo ambiental, Greta Thunberg tem expandido sua atuação para causas políticas e sociais, especialmente em defesa dos direitos humanos em zonas de conflito. Sua deportação de Israel repercutiu amplamente na imprensa internacional e nas redes sociais, levantando debates sobre liberdade de expressão, direitos humanitários e limites da intervenção civil em zonas de guerra.
A Greta Thunberg deportada de Israel torna-se, assim, um símbolo de resistência pacífica diante das restrições impostas por governos em situações de crise, reacendendo o debate sobre a atuação de ativistas em contextos geopolíticos complexos.