Na tarde de sábado (19), um incidente inusitado chamou atenção em Cachoeiro de Itapemirim. Um caminhão guincho, transportando outro veículo, ficou preso aos cabos do sistema de videomonitoramento ao transitar pela ponte municipal do bairro Independência. Para prosseguir, o motorista optou por descer do veículo e cortar os cabos com um facão — um ato que prejudicou o funcionamento do equipamento público essencial à segurança local.
As imagens captadas pelas próprias câmeras mostram o momento em que o caminhão encalha nos fios. Em seguida, o condutor desembarca e, munido de um facão, corta a fiação. Outro homem aparece ajudando: subindo na carroceria para retirar o objeto que causava o problema. Após isso, o guincho retorna à pista e segue viagem.
Em nota oficial, a Prefeitura de Cachoeiro informou que o responsável foi devidamente identificado e responderá criminalmente pelo dano. A administração também irá buscar reparação judicial pelos prejuízos provocados. Segundo o executivo municipal, “atitudes de vandalismo como essa são inaceitáveis e não serão toleradas”, já que o corte comprometeu o sistema de videomonitoramento — um dos principais instrumentos de segurança do município.
A Polícia Civil e a Polícia Militar foram acionadas para prestar esclarecimentos, mas até o momento não retornaram aos pedidos de informações da imprensa. A representação criminal deverá ser formalizada ainda na segunda-feira (21), conforme previsto pela Prefeitura.
Especialistas em logística e trânsito chamam a atenção para a necessidade de sinalização adequada em trechos críticos, como pontes estreitas. Já ao setor de segurança comunitária, fica o alerta quanto à fragilidade de sistemas de monitoramento diante de ações imprudentes — mesmo que não intencionais.
Este caso destaca uma importante reflexão: a colisão entre o improviso de condutores, a falta de infraestrutura adequada e o impacto que isso causa nos serviços públicos essenciais. A cidade agora aguarda as medidas que serão adotadas pelas autoridades, tanto no reparo do patrimônio quanto na responsabilização dos envolvidos. A iniciativa deve ser exemplar para inibir novos atos contra o patrimônio coletivo.