Após enfrentar índices elevados de rejeição, o ex- prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho, decidiu recuar sua pré-candidatura a deputado federal e, em vez disso, mirar uma vaga na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) em 2026. A decisão, comunicada nos últimos dias, reflete uma reorganização estratégica do grupo político do qual faz parte.
O cenário começa a se delinear com base em estudos de opinião e discussões internas — especialmente após avaliações que mostraram que Victor ainda mantém boa visibilidade no Sul do estado, mas enfrenta dificuldades para se viabilizar em uma disputa federal. Nesse contexto, a busca por espaço na política estadual surge como alternativa mais viável e sustentável para seu projeto. Ao focar em uma eleição estadual, ele pode fortalecer sua base local e ampliar atuação junto ao eleitorado que já o conhece.
O desgaste do nome de Victor Coelho junto ao eleitorado ficou escancarado nas eleições municipais de 2024. Na ocasião, ele apoiou Lorena Vasques (PSB), ex-secretária de sua gestão, como candidata à Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. O resultado, no entanto, foi amplamente negativo: Lorena ficou apenas na quarta colocação, somando modestos 11,27% dos votos válidos — sendo superada até por nomes sem grande estrutura partidária. Para muitos analistas, o desempenho nas urnas foi interpretado como um sinal evidente de rejeição popular à gestão anterior, criticada por sua falta de diálogo e por uma máquina pública desgastada.
Nos círculos políticos de Cachoeiro, cresce a percepção de que Victor tenta manter sua relevância pública à força, mesmo diante de uma clara sinalização de esgotamento por parte do eleitorado. O distanciamento entre sua imagem e o sentimento popular, evidenciado nas urnas e reforçado por sua postura recente, indica os desafios que enfrentará caso insista em permanecer ativo na disputa por cargos eletivos.