Enquanto a maioria dos parlamentares votou favoravelmente, três vereadores se posicionaram contra ou se abstiveram: Creone da Farmácia (PL), que já anunciou publicamente que abrirá mão do benefício caso seja mantido; Coronel Fabrício (PL), que também se declarou contrário; e o presidente da Casa , Alexandre Maitan (União Brasil) , que igualmente não votou a favor do projeto.
Segundo Creone, o salário e a estrutura já oferecida ao vereador são suficientes para exercer o mandato. A posição foi reforçada por Coronel Fabrício, que criticou a falta de sintonia da proposta com as dificuldades vividas pela população.
Já entre os que defenderam a medida, a justificativa é de que os auxílios são indenizatórios, ou seja, destinados exclusivamente a cobrir despesas ligadas ao exercício da função parlamentar. Porém, para muitos moradores, isso não convence: “É dinheiro público indo para custear carro particular e saúde privada, enquanto faltam médicos e transporte decente para o povo”, comentou um cidadão indignado nas redes sociais.
O impacto financeiro é significativo. Apenas com o auxílio combustível, o gasto mensal ultrapassará R$ 30 mil; com o auxílio saúde, mais R$ 15 mil. Em um ano, a despesa somada pode superar meio milhão de reais, recursos que poderiam ser investidos em saúde, transporte ou infraestrutura.
A aprovação reacendeu o debate sobre as prioridades da Câmara de Cachoeiro. Para boa parte da população, os parlamentares deveriam dar exemplo de austeridade, especialmente em um momento em que a cidade enfrenta tantos desafios.