O animal foi localizado por guarda-vidas que atuam na região, que imediatamente acionaram o Instituto de Pesquisa e Conservação Marinha (IPCMar). O corpo do mamífero foi recolhido e encaminhado ao Instituto Orca, organização que desenvolve pesquisas voltadas à preservação da vida marinha. Lá, será submetido a exames para identificar a causa da morte.
O caso ganha ainda mais destaque porque o boto-cinza é classificado como espécie vulnerável na Lista Nacional da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, elaborada pelo ICMBio. Ou seja, a morte desse animal soma-se a uma preocupação crescente com a preservação da biodiversidade marinha no litoral capixaba.
A sequência de episódios em Marataízes — primeiro a baleia, agora o boto — levanta questionamentos sobre os impactos das atividades humanas no ecossistema costeiro. Poluição, redes de pesca, degradação de habitat e até mudanças climáticas estão entre os fatores que colocam em risco a sobrevivência de espécies marinhas.
Especialistas alertam que, além da perda de um indivíduo, essas mortes têm repercussões no equilíbrio ecológico. O boto-cinza, por exemplo, exerce papel fundamental na cadeia alimentar e na manutenção da saúde dos ambientes marinhos.
Enquanto o laudo técnico não é concluído, ambientalistas reforçam a importância da população colaborar com a preservação. A orientação é acionar órgãos competentes sempre que animais marinhos forem avistados encalhados ou mortos, contribuindo assim para pesquisas que ajudam a entender e mitigar essas ocorrências.
Estou gostando de ler as notícias do Intencidade. Completou bem a informação na nossa região. Parabéns a Fabiano Facini.