Além dos novos equipamentos, a Secretaria da Justiça (Sejus) implantou o projeto piloto da Sala de Situação, um centro de controle e monitoramento em tempo real. O espaço conta com tecnologia de ponta, como videowall, inteligência analítica e acompanhamento via GPS, permitindo uma supervisão mais ágil e eficiente das atividades nas unidades prisionais.
Segundo o governador Casagrande, a expectativa é ampliar o número de câmeras para até 2.800 nos próximos anos. Os equipamentos gravam áudio e vídeo em alta definição, possuem autonomia de até 14 horas e permitem transmissão ao vivo de ocorrências, aumentando a capacidade de resposta em situações críticas, como motins, fugas e escoltas.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que as câmeras corporais são um marco para o sistema prisional capixaba, pois aumentam a transparência e reduzem controvérsias sobre condutas dos agentes. Já a policial penal Paula Vicentini ressaltou que a tecnologia assegura direitos dos custodiados, fortalece a segurança jurídica e garante mais respaldo para o trabalho policial.
Na primeira etapa, as câmeras já foram distribuídas em unidades como o CDPS (Serra), CDPG (Guarapari), CPFC (Cariacica) e no Complexo Penitenciário de Viana. Gradualmente, o sistema será expandido para todas as unidades do Estado.
Com a regulamentação feita pela Sejus e PPES, o uso dos equipamentos passa a ser obrigatório em ações de contenção, escoltas, movimentações de presos, revistas, patrulhamentos e atendimentos de ocorrências. A gestão centralizada das imagens ficará sob responsabilidade da Subsecretaria de Inteligência Penitenciária (SIP).
A iniciativa coloca o Espírito Santo entre os estados mais avançados do Brasil no uso de tecnologia para segurança prisional, reforçando o compromisso com a transparência, o respeito aos direitos humanos e a eficiência operacional.