A tranquilidade de Marataízes, cidade do litoral sul capixaba, tem sido abalada por uma crescente onda de furtos que vem deixando comerciantes e moradores em estado de alerta e constante insegurança. Nos últimos dias, casos de arrombamentos e furtos em estabelecimentos comerciais e prédios públicos têm gerado temor e revolta na população local.
Um dos episódios mais recentes ocorreu na madrugada da última segunda-feira (30), quando uma tradicional padaria do bairro Cidade Nova foi alvo de criminosos. Dois homens arrombaram a porta de vidro da entrada principal e invadiram o local por volta das 4h da manhã.
As imagens das câmeras de segurança flagraram a ação: um dos suspeitos arremessa uma pedra para quebrar a porta, e, já dentro do comércio, ambos reviram gavetas, armários e o caixa à procura de dinheiro e objetos de valor.
Segundo o proprietário, Breno Viana, que é o atual Secretário de Turismo de Marataízes , os criminosos levaram cerca de R$ 500 em dinheiro, danificaram um computador e uma impressora, além de causarem um prejuízo estimado em R$ 10 mil. Não é a primeira vez que o estabelecimento é alvo da criminalidade. “Parece que isso está se tornando normal em Marataízes. Em 10 dias, quatro lojas foram arrombadas do mesmo jeito aqui”, desabafou o comerciante, visivelmente revoltado e cansado da situação.
Poucos dias depois, outro crime chocou a cidade. Na madrugada da quarta-feira (02), um homem de 33 anos foi preso após furtar duas baterias de ambulâncias da Prefeitura de Marataízes. O crime aconteceu no pátio do antigo CEM. O criminoso pulou o muro do prédio e realizou o furto. Com o apoio do sistema de videomonitoramento da Secretaria de Defesa Social e da Guarda Municipal, ele foi rapidamente identificado e detido.
Durante a investigação, o suspeito confessou o crime e revelou que havia vendido uma das baterias em um ferro-velho no bairro Barra de Itapemirim. A operação resultou ainda na prisão da funcionária do local e do proprietário do ferro-velho, acusados de receptação qualificada.
Diante dessa sequência de crimes, o clima na cidade é de insegurança generalizada. Comerciantes relatam medo de abrir seus estabelecimentos e alguns moradores evitam sair à noite. “A gente se sente desamparado. Trabalhamos com medo, dormimos com medo.
A população cobra das autoridades um reforço urgente na segurança pública. A sensação de impunidade tem estimulado a atuação de criminosos, e os moradores esperam que o poder público tome medidas efetivas para conter essa escalada de violência que ameaça o cotidiano de uma cidade antes conhecida por sua tranquilidade.